quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Faça seu dinheiro render

FUNDOS
Investir seu dinheiro em um fundo de investimento é confiá-lo a um profissional encarregado de aplicá-lo da maneira que você deseja. Seu dinheiro vai ser juntado ao de outros investidores e permitirá que o fundo compre ativos, como títulos do governo e CDBs de bancos. O rendimento do fundo virá dos juros pagos por esses títulos, dos lucros que o fundo tiver com a revenda deles, ou das duas coisas juntas.

É impossível que seu banco não tenha um fundo com o perfil que você procura. Segundo a Anbid, a associação que reúne os bancos de investimento, há 38 tipos de fundos no país. Um deles tem de ser o seu. Em resumo, há três grandes grupos. O mais popular é o de fundos DI e renda fixa. Nos DI, a rentabilidade costuma ser de 90% da taxa de juros básica do país, conhecida como Selic. No Brasil, acompanhar os juros costuma ser um grande negócio. No mesmo grupo estão os fundos de renda fixa tradicionais, que aplicam o dinheiro dos cotistas em títulos prefixados. Eles ganham dinheiro quando os juros caem, mas perdem quando ele sobe. São boa opção quando há expectativa de corte de juros. Um detalhe importante: nesse grupo, os rendimentos dos fundos são taxados em 20% na hora do saque. O ganho real é menor do parece à primeira vista.

O grupo seguinte é o dos fundos de ações. Neles, o risco é mais elevado, porque a variação do preço das ações é imprevisível, mas as possibilidades de ganho também são maiores. O imposto, como incentivo, é mais baixo: 10% dos rendimentos. Por fim, o último grupo é o dos fundos multimercados. Esses têm as estratégias mais diversas, e podem aplicar em todo tipo de ativo, inclusive nos derivativos. Em geral, são recomendados só para quem já tem algum conhecimento do mercado. A tributação varia de acordo com o tipo de ativos em que o fundo aplica.


POUPANÇA
Os maiores atrativos que a poupança têm são a segurança e a simplicidade. Segurança porque os depósitos nela são inteiramente garantidos até R$ 20 mil, enquanto nos fundos de investimento a garantia é zero. Há uma outra garantia, não escrita em lugar algum, mas em que todos confiam: nenhum governo jamais deixaria o poupador perder dinheiro. O único governo que mexeu na poupança, o de Fernando Collor, acabou perdendo força política por isso.

A simplicidade costuma atrair pessoas que se sentem intimidadas com o mundo das finanças. Cadernetas aceitam depósitos de valores ínfimos, de até R$ 10. Podem ser abertas na boca do caixa e ser movimentadas com cartão magnético comum.
O rendimento, porém, é um ponto fraco. A rentabilidade da poupança tem ficado abaixo de 1% ao mês já há três anos. Ela é formada pela TR, acrescida de 6% de juros ao ano. A TR, porém, não pode nunca subir muito, porque ela também regula os juros dos financiamentos habitacionais. A única vantagem que a poupança tem a oferecer, nesse terreno, é o fato de que seu rendimento é isento de Imposto de Renda. Em fases excepcionais, sua rentabilidade acaba encostando no rendimento líquido (descontado do imposto) de fundos de renda fixa e DI.


AÇÕES
Investir diretamente na bolsa de valores é uma decisão delicada. O risco de prejuízos é alto, as taxas de corretagem são caras para pequenos investidores e o acesso à informação para pessoas comuns é limitado, se comparado aos recursos ao alcance dos investidores profissionais. E o investidor só deve aplicar na bolsa um dinheiro que não precise usar pouco tempo depois, porque o risco de perdas no curto prazo é real. O caminho para evitar essas armadilhas costuma ser aplicar por meio de fundos de investimento.
Feitas essas ressalvas, porém, quem se sentir à vontade para comprar ações encontra um campo vasto para investimento. Os lucros, quando a aplicação é bem sucedida, são muito maiores do que nos habituais fundos de renda fixa. E não são descontados de taxa de administração, como ocorreria em fundos de ações.
O investidor pode ganhar dinheiro de duas formas: com dividendos, se a empresa for lucrativa e distribuir seus resultados, e com a valorização da ação. Uma dica é ouvir analistas das corretoras e buscar sempre informações sobre as empresas.


TÍTULOS PÚBLICOS
Essa é uma modalidade novíssima no Brasil, embora muito popular em países onde o mercado é mais desenvolvido, com Estados Unidos e Japão. É muito simples: ao invés de aplicar em um fundo de renda fixa, que compra os títulos, o investidor compra diretamente os papéis do governo, com o auxílio de uma corretora. Os títulos ficam registrados em uma conta em seu nome e os juros vão para ele sem escalas. A vantagem é que o investidor fica com todo o lucro, sem pagar taxa de administração para os fundos. Mas, por outro lado, ele só consegue sacar o dinheiro aplicado no vencimento dos títulos ou se vendê-los no mercado. A liquidez é menor.

Fonte: http://www.universia.com.br/html/materia/materia_ceb.html

Nenhum comentário:

Postar um comentário